“Se não fosse por isso, você seria muito especial…”

Vivemos em tempos em que a busca por destaque se disfarça de propósito. Onde o brilho é confundido com valor, e a autossuficiência é celebrada como virtude. Mas há uma verdade que poucos ousam encarar:

Você não é tão especial assim. E isso é libertador.

Se não fosse por esse motivo – por essa limitação que te obriga a depender, a ouvir, a aprender com os outros – você seria tão especial… que nem precisaria de ninguém. Mas não é esse o plano de Deus.

“O olho não pode dizer à mão: Não tenho necessidade de ti.”

(1 Coríntios 12:21)

Essa afirmação bíblica não é apenas uma metáfora anatômica. É uma denúncia contra o orgulho institucional, contra a cultura do “eu me basto”, contra a espiritualidade que se isola em sua própria luz.

Jesus, o Filho de Deus, permitiu que Simão o ajudasse a carregar a cruz. (Lucas 23:26) Se até o Salvador aceitou ajuda, quem somos nós para desprezar os humildes que nos sustentam?

Do vinho ao vinagre…

A mesma uva que vira vinho – símbolo de celebração e status – pode tornar-se vinagre. E nesse estado, longe dos holofotes, ela cura feridas, elimina micróbios, conserva alimentos. O vinagre não brilha. Mas salva.

Na sua equipe, na sua comunidade, na sua igreja – quem são os vinagres que você tem ignorado? Quem são os que não têm rótulo, mas têm função vital?

Convite à restauração:

• Reconheça quem te sustenta nos bastidores.
• Valorize quem não tem palco, mas tem propósito.
• Admita que você precisa – e isso te torna mais humano, mais espiritual, mais especial.

Porque o Reino de Deus não é feito de estrelas. É feito de membros. E nenhum é dispensável.